A sensação de sair do lugar e explorar novas paisagens é, de fato, libertadora. No dia subsequente à minha chegada, agradeci aos céus pelo deslocamento sem transtornos, e dei-me a oportunidade de observar o sol que entrava pela janela de manhã, dando bom dia à todo filho de Deus. Abri aquele ponto de conexão entre o lado de dentro e o de fora da casa, senti a brisa soprada pelo vento e, mais uma vez, agradeci em silêncio por estar lá.
Na cozinha, minha mãe, minha avó e meu tio já faziam o desjejum. Minha tia ainda dormia, era sempre a última a levantar-se. Juntei-me à eles e aproveitei o momento. Era agradável ouvi-los dar risadas por fatos bobos, como uma maneira de expressar o contentamento por estarem todos reunidos.
Os primeiros dias foram dedicados a relembrar o passado, algo que minha mãe queria fazer, já que estávamos próximas ao local em que ela cresceu. Jamais poderia me opor à isso, afinal, são os sentimentos dela. Andamos por várias cidades próximas, e a partir do quarto dia começamos a ir mais longe.
A foto (tirada por mim), é a melhor maneira de retratar um resumo da minha viagem, que foi, realmente, uma viagem. Nada de ficar quieta em um lugar. Estávamos sempre rodando dentro de um carro, ainda que para uma cidade próxima. O sedã do meu tio não poderia ter sido mais útil, o porta-malas comportava muito bem as nossas malas...