segunda-feira, 28 de março de 2016

Diário - 09 (Altos e Baixos)



       O feriado prolongado foi algo realmente substancial. Eu não sabia o quanto precisava de um descanso até que ele apareceu espontaneamente.  Aproveitei o tempo em casa para estudar algumas matérias e agir com pouca responsabilidade ao dormir tarde e acordar tarde (eu queria poder fazer isso mais vezes... Que saudades da inconsequente adolescência!).
      Me sentindo melhor do incômodo mal estar que me perseguiu por mais de uma semana, o mundo começou a adquirir algumas cores que se dissipavam nos dias anteriores. Não que tudo tenha ficado maravilhoso, mas a aparência ficou consideravelmente melhor. 
        Apenas duas reclamações em relação aos dias em que fiquei em casa: 1- poderia ter durado mais alguns dias... 2- eu realmente gostaria de ter passado ilesa. É, eu disse ilesa. Entre quinta-feira e domingo tive altos e baixos emocionais, crises de choro, sentimentos de raiva, insatisfação e tristeza. Infelizmente, a ausência de atividade frenética por vezes enfraquece a mente que já está fragilizada. 
       Gostaria de poder dar menos atenção a um coração partido...

sábado, 26 de março de 2016

Diário - 08 (Resposta Física)


      A terça-feira não foi um dia desagradável, não o classifico como um dos melhores, mas nada extraordinário aconteceu. À tarde, logo após o almoço, fui ao banco e paguei algumas contas. Revi várias pessoas com as quais já trabalhei e, como sempre, elas foram extremamente agradáveis. As brincadeiras semelhantes às que eram feitas quando eu me fazia presente lá todos os dias, quase como se o tempo não tivesse avançado tanto. Foi bom, dentro das possibilidades, mas a vida bancária definitivamente não é para mim.
     Quando percebi que mais de uma semana já havia passado e eu ainda não estava forte como deveria, decidi aumentar as doses de substâncias que agem a meu favor quando me encontro na desagradável situação de doente.
       Terça e quarta foram significativos no consumo de "ajudas biológicas", e na noite de quarta-feira finalmente tive a sensação de que estava realmente melhorando. Na semana anterior, cancelei a visita ao salão de beleza, já que não me sentia bem e a exposição aos produtos químicos me faria sentir pior. Com a sensação de melhora na quarta à noite, agendei para a manhã seguinte. Não, eu não poderia ficar adiando, pois tenho compromissos e uma viagem marcada. (Preciso do meu cabelo bonito, sempre, como qualquer garota, e em casos de viagem isso é ainda mais necessário).
     Graças a um maravilhoso feriado prolongado, minha folga teve início na quinta-feira. Fui à empresa rapidamente, apenas para resolver algumas coisas, e assinar alguns papéis que requeriam tal consentimento escrito. A chuva que se fez presente, tornou o clima da quinta-feira bastante agradável.

Diário - 07 (Quem Gosta de Segunda-Feira?)



      Segunda-feira é um dia difícil de ser gostado. Não que o dia tenha alguma responsabilidade sobre isso ou algum feito que lhe torne desagradável, afinal é só mais um dia, regido por cada ser humano. No entanto, é a quebra da pequena rotina estabelecida no curto fim de semana. E devo mencionar que amamos o fim de semana, porque é um tempinho que temos para cuidar da nossa vida, indiferente a trabalho ou estudo.
       A minha segunda-feira foi ainda mais chata do que o normal, já que amanheci igualmente doente ao dia anterior, e nesse dia fui cumprir com as minhas responsabilidades laborais. No caminho para o trabalho, um motoqueiro inconsequente quase provocou um sério acidente, que seria muito mais grave para ele do que para mim, que estava no carro. Graças a Deus foi só um susto!
     Durante o dia, o mal estar me irritava, e a irritação me causava estresse, que, por sua vez, desencadeava uma série de memórias que me faziam recordar inúmeros motivos para sentir raiva. Mas esses sentimentos só atrapalham, tanto para a qualidade de vida em geral, quanto para o meu processo de recuperação.

terça-feira, 22 de março de 2016

Diário - 06 (Energia)



         O fim de semana foi igualmente enfermo. Tive a sensação de estar melhor na manhã de sábado, mas o dia corrido e repleto de atividades me deixou, novamente, um tanto quanto debilitada. No fim da tarde, ao receber um abraço, ouvi as seguintes palavras: "Você está quente!". Ele não estava sendo ambíguo em seu comentário, eu realmente estava com febre. De novo. Maldito vírus! Adoecemos tão rapidamente e enfrentamos tamanha batalha para sobrepujá-lo... 
      Em casa, fiz uso de uma série de substâncias - algumas totalmente naturais, outras laboratorialmente modificadas - que me fizeram ter uma sensação de melhora. O sábado, que foi um dia marcado pela presença do sol, deu espaço para a chuva à noite. Acho a  queda das gotículas de água dos céus uma coisa fascinante, e me sinto bem com tal fenômeno, é como se o dia ficasse mais simpático. No entanto, não é qualquer chuva que me provoca tais sentimentos. A chuva do sábado veio acompanhada de relâmpagos e trovões, e isso me assusta um pouco. Mantive todos os aparelhos eletrônicos desconectados de suas fontes de energia até que as naturais descargas elétricas cessassem. Li um livro durante esse tempo. 
       O dia seguinte, não foi melancólico como o domingo da semana anterior, estou buscando gatilhos na minha mente para superar meus problemas e encontrar o painel de controle do meu ser. Não foi um dia melancólico, mas eu não estava disposta. Procurei me manter ocupada com matérias de estudo enquanto o dia passava. Qualquer abalo emocional, agravaria o meu estado físico, e o meu corpo tentava a todo momento expulsar invasores. Sabendo disso, busquei canalizar os meus pensamentos, na tentativa de alcançar o equilíbrio. Energia positiva atrai energia positiva, e esse é um objetivo atual...
        

segunda-feira, 21 de março de 2016

Diário - 05 (Vulnerabilidade)

   

      A quinta-feira não foi muito simpática... Ao abrir os olhos notei uma estranha fraqueza no meu corpo. Ao tentar realizar qualquer movimento bobo, senti que a minha resposta física estava limitada. A incomum sensação de frio na pele demonstrou a presença de uma moderada febre.
     Certa vez, alguém a quem dedico muita estima, deu-me uma corujinha de pelúcia em um momento de doença, sua função era "cuidar de mim". Recobrando a missão do passado, depositei fé de que o objeto ainda poderia fazer isso por mim e, assim, mantive-o por perto na cama.
      A sexta-feira não foi muito diferente do dia anterior. A doentia fraqueza manteve-se presente, e dessa vez, agravou-se após o exercício das obrigações trabalhistas. Eu não estava suficientemente doente para permanecer em casa, mas o esforço laboral não me fez bem. No fim do dia a febre voltou a aparecer. Com o lado emocional um tanto quanto sensibilizado pelo mal estar e por insatisfações da vida, tudo parece mais grave do que realmente é. Fiz questão de repetir o ritual da noite anterior, a companhia de dois bichinhos inanimados era quase um consolo para alguém que sente saudade...

quinta-feira, 17 de março de 2016

Diário - 04 (Reincidência)

        
        A quarta-feira foi de fato uma caixinha de surpresas... Planejamos os nossos dias, mas eles são sempre imprevisíveis, afinal não temos uma bola de cristal que nos informe os acontecimentos diários. Alguns aspectos já eram esperados, os assuntos do trabalho. Mas ultimamente, nunca consigo prever como vou me sentir. 
         Dessa vez, a palavra foi reincidência. Reincidi aos sentimentos que não me fazem bem, mais uma vez questionando e entrando no mesmo ciclo vicioso. É sempre a mesma coisa, o mesmo resultado, a mesma dor e aquela pergunta que jamais sai da minha cabeça, ainda que eu pense que comecei a entender... 
        O dia amanheceu chuvoso, o que já altera o meu humor. Inexplicavelmente, me sinto um tanto melancólica. Acho que pode estar relacionado à um certo desejo de mudança... 
       Pus-me a observar uma criança e sua despreocupação. O sorriso descontraído e a risada genuína, sem a necessidade de um real motivo. A simplicidade das palavras e os pensamentos pouco complexos. Depois que crescemos tudo se complica, somos tomados por preocupações, temores e inseguranças.
        Vivo pelo futuro, pois não estou onde quero estar, tampouco sou tudo que quero ser, mas meu tão estimado futuro, às vezes me faz sentir temerosa, em outros casos confiante. Eu sou apenas mais uma remando contra a maré e tentando encontrar o meu lugar. Caindo e tentando levantar dia após dia...

quarta-feira, 16 de março de 2016

Faking It (Season 3 Episode 1)



        Finalmente a espera acabou!
     O primeiro episódio da 3ª temporada de Faking It foi ao ar ontem e, para aqueles que não precisam aguardar legenda, clique aqui e assista online o magnífico episódio. Devo dizer que superou as minhas expectativas! 
       Sem spoiler... Assistam e comprovem!



terça-feira, 15 de março de 2016

Diário - 03 (Dia Cheio)


        Sabe quando você acorda e tem aquela péssima impressão de ter despertado mais tarde do que deveria?! Assim o meu dia teve início...
       Tive aquele susto natural e a apreensão de estar atrasada para os meus compromissos diários. Mas não estava. Ao checar o horário no celular constatei que, na verdade, havia acordado alguns minutos antes do previsto. A ausência do alarme sempre me deixa desnorteada e confusa, e para completar, sempre espero o pior: o temido atraso... Superada essa fase, levantei da cama e preparei o meu café da manhã calmamente. E a partir desse momento, não desliguei.
      Entre obrigações do trabalho e o rápido horário do almoço (que começou mais tarde e terminou mais cedo, já que precisei ir ao banco pagar uma conta) vi meu dia passar de pressa. As reuniões na empresa sempre preenchem o tempo de maneira significativa e o aceleram. Já me preparo psicologicamente para o dia de amanhã. A quarta-feira promete não ficar atrás.
       Ah, sem esquecer de mencionar, fizeram-se presentes, também, as provas da faculdade (espero que as notas sejam boas) e amanhã ainda realizarem mais alguns testes. Como planos para o próximo dia útil, já há avaliações universitárias e reuniões de trabalho. A mente ocupada é menos problemática, é melhor que continue assim.
       Foi, de fato, um dia bastante movimentado... Ufa! Ainda bem que a hora do descanso finalmente chegou, e veio na companhia de um agradável clima, regado de uma leve chuva que favorece o sono...

segunda-feira, 14 de março de 2016

Diário - 02 (Rotina Necessária)


          Ao acordar, recobrei parte dos sentimentos atribulados do dia anterior. Junto ao nascer do sol, nasceu também certa ira dentro do meu peito. Uma mistura de inconformação com um pouco de vontade de poder fazer valer a lei do retorno. Mas em uma segunda-feira de manhã, na vida de uma pessoa comum, não há tempo para ser dedicado à tais pensamentos. Me ocupei com um rápido café da manhã e as demais obrigações antes de ir ao trabalho, fiz uso do magnífico artifício da maquiagem e expus-me ao mundo mais uma vez. Realizar os deveres do trabalho da melhor maneira possível é uma obrigação de todos, e no meu caso, uma maneira de distração.
         A ocupação da mente nos permite aliviar um pouco os incômodos da alma. A ausência do ócio reduz o tempo que poderia ser dedicado a questionamentos como "por quê?!". Há um lado positivo nisso, pois qualquer dor é encoberta, mesmo que temporariamente. 
         Me mantive ocupada o dia inteiro, e após o pôr do sol dediquei um pouco de mim aos estudos. Há as leituras obrigatórias da faculdade e amanhã farei prova, é importante revisar. Posterior ao jantar, tomei um pouco de cerveja. É um pouco relaxante e um tanto quanto necessário, em algumas circunstâncias. Precisamos buscar uma maneira de relaxar e não pensar tanto nos problemas. Afinal de contas, problemas... Todos nós temos!

domingo, 13 de março de 2016

Diário - 01 (Lágrimas)

        

      Eu não vou mentir... Nunca fui uma pessoa altamente emocional, tampouco adepta às lagrimas por razões relativamente leves. Em momentos de ira, elas nunca apareciam, e faziam-se ausentes nos momentos de alegria também. Jamais foi o meu perfil derramá-las com frequência, elas só apareciam de vez em quando. Uma vez, ouvi de uma pessoa, que uma notícia triste no jornal lhe causava o aparecimento de lágrimas. Não julguei, cada pessoa é de um jeito, achei até admirável tal sensibilidade com as tragédias alheias, mas admito que não me identifiquei. Entretanto, as pessoas mudam...
       Hoje, quando acordei, recobrei o sonho que tive durante a noite. Adormeci com lágrimas e despertei na companhia delas. Há alguns meses nos tornamos muito íntimas e já não tenho o estranhamento que tinha quando chorava. Os olhos molhados se tornaram comuns, e meu estranhamento vem da ausência do líquido que, apesar de sair pelos olhos, vem do coração.
      No decorrer do dia meus ânimos se acalmaram. Com o passar das horas a tranquilidade começou a se fazer presente e meus olhos puderam gradativamente secar.
       Minhas lágrimas possuem nome, sobrenome e um sorriso perfeito. Meu motivo se chama SAUDADE e tudo me leva a crer que o que me ocorre é o que chamam de amor...