segunda-feira, 21 de março de 2016

Diário - 05 (Vulnerabilidade)

   

      A quinta-feira não foi muito simpática... Ao abrir os olhos notei uma estranha fraqueza no meu corpo. Ao tentar realizar qualquer movimento bobo, senti que a minha resposta física estava limitada. A incomum sensação de frio na pele demonstrou a presença de uma moderada febre.
     Certa vez, alguém a quem dedico muita estima, deu-me uma corujinha de pelúcia em um momento de doença, sua função era "cuidar de mim". Recobrando a missão do passado, depositei fé de que o objeto ainda poderia fazer isso por mim e, assim, mantive-o por perto na cama.
      A sexta-feira não foi muito diferente do dia anterior. A doentia fraqueza manteve-se presente, e dessa vez, agravou-se após o exercício das obrigações trabalhistas. Eu não estava suficientemente doente para permanecer em casa, mas o esforço laboral não me fez bem. No fim do dia a febre voltou a aparecer. Com o lado emocional um tanto quanto sensibilizado pelo mal estar e por insatisfações da vida, tudo parece mais grave do que realmente é. Fiz questão de repetir o ritual da noite anterior, a companhia de dois bichinhos inanimados era quase um consolo para alguém que sente saudade...

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